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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Ela não se mexeu. A mesma força que a apavorava a mantinha presa naquele lugar. Isto está fora de controle, pensou ela de repente. O que quer que estivesse acontecendo, estava além de sua compreensão, não era nada normal nem sadio. Mas agora não havia como parar, e mesmo com medo ela se divertia. Era o momento mais intenso que já tivera com um menino, mas não estava acontecendo absolutamente nada. Ele só a olhava, como que hipnotizado, e ela retribuía o olhar, enquanto a energia tremeluzia entre eles, faiscando. Ela viu os olhos dele escurecerem, derrotados, e sentiu o salto desvairado de seu próprio coração enquanto ele estendia lentamente uma das mãos.

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